22 novembro, 2013

Visões da morte

A capa diz que é um livro eletrizante. Também tem na capa a frase "e se você não precisasse morrer para saber que o céu existe?" E eu, que me deixo levar por esse tipo de frase (na verdade, me deixo levar por qualquer coisa em se tratando de livros), comprei. É dos grandões, quase mil páginas. E bom... é ok. Só isso.

Fala de experiências de quase morte, de pesquisas muito doidas feitas por cientistas misteriosos, tem um pouco de fantasmas, e algum suspense. Mas não agrega muita coisa não.

Sou bem chegada nesse lance de quase morte, de viagem astral, ou qualquer que seja o nome que é dado à isso. Não costumo dizer muito que pratico isso, porque as pessoas, em geral, tendem a achar que eu estou mentindo, ou que eu sou louca. Mas tem noites que eu consigo, e é tudo de bom.

De uns tempos para cá, eu andei me metendo a querer saber mais sobre tudo isso. Meditação, hipnose, espiritismo. Não são coisas relacionadas entre si, mas eu acabei achando uma ligação entre elas. E acabei descobrindo muita coisa bacana, que eu uso na minha vida, e que me fazem entender melhor como são as coisas. Como curiosa incurável, eu questiono demais. Sou um mundo de porquês, e não sossego enquanto eu não achar uma boa explicação. 

Na maioria das vezes, elas acabam sendo só minhas. Explicações sem muito fundamento para outras pessoas. Mas a minha vida é um grande emaranhado de fios que se cruzam e se grudam em nós indesatáveis. Um monte de decepções e desilusões, temperadas com a felicidade infinita. E meu infinito sempre acaba. E recomeça. E se renova com tudo que é diferente. E volta a ser o que nunca foi antes.

O que eu achei legal no livro é a relação ciência x espiritualidade que existe nele. Sou dessas que mistura/confunde essas duas coisas. E adoro. Quanto mais misturado, melhor. Acabam no mesmo lugar onde começam. Também é bacana pelo tanto de personagens que apresenta, e cada um deles tem um papel bem importante. 

Classifiquei o livro com a tag "Coisas que não existem" por alguns motivos. Mas não todos. Acho que muita coisa narrada ali existe sim.

O carinha, principal, sofre um acidente de bicicleta logo no início da trama. Fica em coma um tempão, e, de repente, acorda, falando uma língua que ele nunca tinha aprendido. Os tais cientistas "acham" ele, e começas as experiências, a princípio sem ele saber que estava sendo "experimentado". Aí começa a confusão da ciência com a fé.

A minha confusão não começou com nenhum acidente, nem comigo em coma num hospital, e muito menos falando línguas desconhecidas (embora eu ache que isso poderia ter sido muito útil...). Mas eu tive a minha. E tenho ainda, quase todos os dias. Não preciso de fiozinhos ligados ao meu cérebro enquanto eu durmo para ter certeza de que alguma coisa acontece além dos meu sonhos.

Acho difícil classificar um livro como ruim. Nunca é de todo ruim. Mas esse, digamos, não foi um dos meus melhores investimentos.

Qualificação: 1 estrela
Nível de recomendação: tem que gostou, mas eu não recomendo para não me comprometer.


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