30 novembro, 2013

O escolhido

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No fim do ano de 2012, eu fiz uma cirurgia. Fiquei uns vinte dias de molho, e foi tudo de bom, porque li vários livros. Esse foi um deles.

Não me recordo de ter lido outro do mesmo estilo. A mocinha do filme é uma assessora, ou secretária (não me lembro...) do presidente, e simplesmente acha que ele é o melhor presidente do mundo: o típico tiozinho perfeito que todo mundo ama.

De repente, ela é demitida da Casa Branca, e, ao mesmo tempo, surge um fulano que não apenas não gosta do tal presidente, como também está bastante disposto a prejudicá-lo. Claro, a tal mocinha começa a fazer um monte de investigações, por conta própria, para descobrir se o presidente é mesmo o cara mau escondido atrás do rostinho bonito.

O fulano que estava fazendo as críticas ao presidente aparece morto, e aí a coisa começa a complicar, porque as suspeitas, obviamente, recaem sobre o presidente. E a mocinha se vê no dilema entre acreditar em si mesma ou nas evidências que vão aparecendo contra uma pessoa em quem ela confia.

Mostra os bastidores da política, e, mesmo sendo pura ficção, é uma daquelas histórias tão reais que a gente fica se perguntando se o autor não escreveu tudo aquilo como indireta para alguém, ou para algum fato de que ele tem conhecimento.  Tem um gostinho de suspense bem delícia. 

Na época, eu ainda não sabia que mais para frente teria a minha própria história real de suspense, traições, decepções e intriguinhas. Nem imaginava. Ninguém poderia imaginar, para dizer bem a verdade. Mas acontece nas melhores famílias.

Dessa vez não tem nenhuma semelhança entre o livro e eu (o que é meio que raro, porque eu sempre me encaixo nas histórias dos outros). Mas marcou uma fase em que eu acreditava que as coisas poderiam dar certo, mesmo tendo começado erradas. 

Não posso dizer que aprendi a lição. Eu nunca aprendo. Sou dessas mesmo... Mas ainda não deu tempo de cicatrizar tudo, e, enquanto eu sinto a dor, certamente evito situações ou pessoas que podem me machucar de novo. Ou pelo menos tento evitar.

Vez ou outra, confesso, eu mesma arranco a casquinha da ferida, só para ver se ainda sangra. E sempre sangra. Mas, de uma maneira geral, acho que estou caminhando para a cura (se é que ela existe).

O livro é daqueles que logo no início fazem você não querer parar de ler. É bem envolvente, e prende muito atenção. E, mesmo tratando de um assunto relativamente difícil - eu odeio política, então, para mim, é um assunto difícil - a leitura é bem fácil e flui rapidamente.  E eu cheguei a ter uma bela de uma recaída na minha mania idiota de roer unhas quando estava lendo este.

Ouvi dizer que os outros livros do mesmo autor são bem bacanas também, mas, por enquanto, não estão na minha fila de  "para ler".

Qualificação: 4 estrelas (quase cinco!)
Nível de recomendação: livo para devorar.

22 novembro, 2013

Visões da morte

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A capa diz que é um livro eletrizante. Também tem na capa a frase "e se você não precisasse morrer para saber que o céu existe?" E eu, que me deixo levar por esse tipo de frase (na verdade, me deixo levar por qualquer coisa em se tratando de livros), comprei. É dos grandões, quase mil páginas. E bom... é ok. Só isso.

Fala de experiências de quase morte, de pesquisas muito doidas feitas por cientistas misteriosos, tem um pouco de fantasmas, e algum suspense. Mas não agrega muita coisa não.

Sou bem chegada nesse lance de quase morte, de viagem astral, ou qualquer que seja o nome que é dado à isso. Não costumo dizer muito que pratico isso, porque as pessoas, em geral, tendem a achar que eu estou mentindo, ou que eu sou louca. Mas tem noites que eu consigo, e é tudo de bom.

De uns tempos para cá, eu andei me metendo a querer saber mais sobre tudo isso. Meditação, hipnose, espiritismo. Não são coisas relacionadas entre si, mas eu acabei achando uma ligação entre elas. E acabei descobrindo muita coisa bacana, que eu uso na minha vida, e que me fazem entender melhor como são as coisas. Como curiosa incurável, eu questiono demais. Sou um mundo de porquês, e não sossego enquanto eu não achar uma boa explicação. 

Na maioria das vezes, elas acabam sendo só minhas. Explicações sem muito fundamento para outras pessoas. Mas a minha vida é um grande emaranhado de fios que se cruzam e se grudam em nós indesatáveis. Um monte de decepções e desilusões, temperadas com a felicidade infinita. E meu infinito sempre acaba. E recomeça. E se renova com tudo que é diferente. E volta a ser o que nunca foi antes.

O que eu achei legal no livro é a relação ciência x espiritualidade que existe nele. Sou dessas que mistura/confunde essas duas coisas. E adoro. Quanto mais misturado, melhor. Acabam no mesmo lugar onde começam. Também é bacana pelo tanto de personagens que apresenta, e cada um deles tem um papel bem importante. 

Classifiquei o livro com a tag "Coisas que não existem" por alguns motivos. Mas não todos. Acho que muita coisa narrada ali existe sim.

O carinha, principal, sofre um acidente de bicicleta logo no início da trama. Fica em coma um tempão, e, de repente, acorda, falando uma língua que ele nunca tinha aprendido. Os tais cientistas "acham" ele, e começas as experiências, a princípio sem ele saber que estava sendo "experimentado". Aí começa a confusão da ciência com a fé.

A minha confusão não começou com nenhum acidente, nem comigo em coma num hospital, e muito menos falando línguas desconhecidas (embora eu ache que isso poderia ter sido muito útil...). Mas eu tive a minha. E tenho ainda, quase todos os dias. Não preciso de fiozinhos ligados ao meu cérebro enquanto eu durmo para ter certeza de que alguma coisa acontece além dos meu sonhos.

Acho difícil classificar um livro como ruim. Nunca é de todo ruim. Mas esse, digamos, não foi um dos meus melhores investimentos.

Qualificação: 1 estrela
Nível de recomendação: tem que gostou, mas eu não recomendo para não me comprometer.


 

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