No fim do ano de 2012, eu fiz uma cirurgia. Fiquei uns vinte dias de molho, e foi tudo de bom, porque li vários livros. Esse foi um deles.
Não me recordo de ter lido outro do mesmo estilo. A mocinha do filme é uma assessora, ou secretária (não me lembro...) do presidente, e simplesmente acha que ele é o melhor presidente do mundo: o típico tiozinho perfeito que todo mundo ama.
De repente, ela é demitida da Casa Branca, e, ao mesmo tempo, surge um fulano que não apenas não gosta do tal presidente, como também está bastante disposto a prejudicá-lo. Claro, a tal mocinha começa a fazer um monte de investigações, por conta própria, para descobrir se o presidente é mesmo o cara mau escondido atrás do rostinho bonito.
O fulano que estava fazendo as críticas ao presidente aparece morto, e aí a coisa começa a complicar, porque as suspeitas, obviamente, recaem sobre o presidente. E a mocinha se vê no dilema entre acreditar em si mesma ou nas evidências que vão aparecendo contra uma pessoa em quem ela confia.
Mostra os bastidores da política, e, mesmo sendo pura ficção, é uma daquelas histórias tão reais que a gente fica se perguntando se o autor não escreveu tudo aquilo como indireta para alguém, ou para algum fato de que ele tem conhecimento. Tem um gostinho de suspense bem delícia.
Na época, eu ainda não sabia que mais para frente teria a minha própria história real de suspense, traições, decepções e intriguinhas. Nem imaginava. Ninguém poderia imaginar, para dizer bem a verdade. Mas acontece nas melhores famílias.
Dessa vez não tem nenhuma semelhança entre o livro e eu (o que é meio que raro, porque eu sempre me encaixo nas histórias dos outros). Mas marcou uma fase em que eu acreditava que as coisas poderiam dar certo, mesmo tendo começado erradas.
Não posso dizer que aprendi a lição. Eu nunca aprendo. Sou dessas mesmo... Mas ainda não deu tempo de cicatrizar tudo, e, enquanto eu sinto a dor, certamente evito situações ou pessoas que podem me machucar de novo. Ou pelo menos tento evitar.
Vez ou outra, confesso, eu mesma arranco a casquinha da ferida, só para ver se ainda sangra. E sempre sangra. Mas, de uma maneira geral, acho que estou caminhando para a cura (se é que ela existe).
O livro é daqueles que logo no início fazem você não querer parar de ler. É bem envolvente, e prende muito atenção. E, mesmo tratando de um assunto relativamente difícil - eu odeio política, então, para mim, é um assunto difícil - a leitura é bem fácil e flui rapidamente. E eu cheguei a ter uma bela de uma recaída na minha mania idiota de roer unhas quando estava lendo este.
Ouvi dizer que os outros livros do mesmo autor são bem bacanas também, mas, por enquanto, não estão na minha fila de "para ler".
Qualificação: 4 estrelas (quase cinco!)
Nível de recomendação: livo para devorar.